Hoje vamos falar sobre algo que todo mundo está em busca:
MUDANÇA!
E se eu disse que eu percebi que existe uma e similaridade da fórmula da mudança?
Somos ignorantes quanto a natureza dos processos de mudança. Diante a urgência de mudar cenários sociais negligenciamos a complexidade do mundo e do ser humano. O resultado disso é que priorizamos pelo que lutar em relação ao como lutar. Inevitavelmente, reproduzimos comportamentos que criam resultados diferentes dos que pretendíamos.
Como sair dessa cilada?
Primeiro passo é você entender as mudanças pessoais e sociais!
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A mudança, ela tá sempre atrelada a dois aspectos que são, o amor e a dor. Na minha visão, como consultor, como estrategista, como Eu percebi o seguinte, as mudanças elas sempre acontecem, principalmente, por quatro motivos e não são motivos de quatro questões do amor, tá? Eu Que muitas pessoas vão alegar no vídeo aqui embaixo que um amor fez você mudar e, realmente, um amor é um sentimento muito forte. O amor em paz, em relacionamentos pessoais, profissionais, o amor, ele tem um poder muito Grande, mas na minha visão eh, de quem já viveu pouco mais de trinta e um anos, todas as minhas mudanças, não sei você aí do outro lado que tá escutando esse vídeo no YouTube, no carro, ahm Sua casa, vivendo essa pandemia, eu nunca realizei mudança pelo amor, sempre foi pela dor. E aí, de um tempo pra cá, eu comecei a estudar um pouco mais, o que que Uma pessoa mudar, né? O que que faz uma pessoa emagrecer, o que que faz uma pessoa eh buscar cuidar da saúde, o que que faz uma pessoa mudar de emprego, o que que faz uma pessoa mudar de Eh, e aí durante os meus estudos eu cheguei num ponto muito interessante, que esses quatro motivos que fazem você mudar, eles têm nome e são Relacionados a dor, que são, abandono, rejeição, manipulação, humilhação e a gente poderia, talvez, colocar como um bônus, né? Ãh, seria traição. Pra mim, todas essas dores, elas provocam na gente uma mudança. Eu vou falar cada um deles, dando exemplos na sua vida cotidiana E como que se relacionam, gente, com aspectos da nossa vida infantil? Por que que o que que acontece? Segundo até alguns autores, dentro da do aspecto de entendimento
Existe uma ignorância total sobre os processos de mudança. Endeusamos líderes responsabilizando-os pelo sucesso ou fracasso das viradas históricas. No contexto das revoluções o grande público fica sabendo de apenas 1% do processo revolucionário: o enfrentamento direto (Barter, 2016). Mas a mudança social acontece através de um processo de construção coletiva e prática contínua dos valores que orientam a transformação pretendida. Este trabalho demorado e árduo permanece invisível.
A invisibilidade do que está por trás dos feitos revolucionários cria um dilema coletivo. Não temos noção de como as mudanças sociais são feitas e, assim, acreditamos ter menos capacidade do que pensamos ser necessária para realizá-las (Barter, 2016). Por isso, quando o chamado ao engajamento bate à nossa porta assumimos que não gostamos de como o mundo está, mas acreditamos que não somos capazes de mudá-lo. Como resultado terceirizamos a mudança.
Quando muito, diante do que não gostamos e que nos afeta diretamente, vamos para a rua. Obviamente, ir para a rua é importante. As ações de boicote e enfrentamento são as que evitam ou adiam a ameaça de direitos e à própria vida. É fundamental que lembremo-nos que carregamos o poder de auto-organização e manifestação coletiva, mas que também não nos esqueçamos que as ações de protesto equivalem a muito pouco do esforço necessário para transformar um contexto social (Barter, 2016).
Além do enfrentamento direto, como podemos atuar ativamente na mudança social? Para nos aproximarmos da resposta para essa pergunta precisamos entender um pouco sobre a natureza dos processos de mudança.
A natureza da mudança
O desenvolvimento é natural aos sistemas vivos e a única constante é a mudança. Nada persiste ao longo do tempo e espaço. Tudo se transforma a fim de realizar-se através de um potencial de ordem superior.
A complexificação das trocas entre os elementos de um sistema leva à criação de uma teia emaranhada de relações que faz surgir novos elementos, novos relacionamentos e, consequentemente, novos sistemas. Com a mudança dos sistemas, os elementos e suas relações mudam. E com a mudança dos elementos e suas relações, os sistemas se transformam.
Quando mudamos a maneira de nos relacionar com a natureza, por exemplo, ela muda a maneira de se relacionar conosco. O mundo natural e o mundo social não são passivos diante nossa atuação. Ao contrário, eles são responsivos em relação à nossa intervenção. A natureza e a cultura são ativas ao nos propiciar um modo de ser que nos muda (Kaplan e Davidoff, 2014). A mudança envolve reciprocidade.
A realidade é relacionamento e são a qualidade e intensidade das relações que fazem emergir potenciais antes desconhecidos. Assim, a transformação das relações é a própria essência dos processos de mudança biológica e social. Mudança significa transformação de relações. Nesse sentido, as relações visíveis e invisíveis são tanto o meio quanto o fim do ativismo para a transformação (Kaplan e Davidoff, 2014).
Quando intervimos em comunidades e organizações, cada mudança que está tendo lugar em determinado momento acontece junto a outras mudanças. Cada pessoa é, ao mesmo tempo, uma causa e um efeito da mudança de outros sujeitos.
Quando uma pessoa vê o mundo de um jeito diferente, o mundo se torna diferente. E aquele que o viu diferente muda na medida em que o mundo mudou. O mundo se transforma através da transformação do nosso modo de ver. E, assim, nós nos transformamos através das mudanças do mundo (Kaplan e Davidoff, 2014). Ou seja, quando algo muda, tudo muda. A mudança envolve simultaneidade.
O processo da mudança não pertence, portanto, a uma pessoa ou lugar. Ele está em todo o tempo e em todo o lugar tocando todos os sujeitos e contextos envolvidos. Ele não pertence a um protagonista.
Os processos de mudança e a complexidade do ser humano
Mas, apesar da inevitabilidade da mudança e da aceitação dela como uma dinâmica inerente ao funcionamento da vida, ninguém quer se mudado. Todos querem mudar o outro, mas ninguém quer ser mudado pelo outro. A mudança, no contexto do ser humano, têm nuances delicadas.
Quando percebemos que existe uma tentativa de o outro nos mudar nos fechamos para a mudança. Inevitavelmente nos sentimos desrespeitados e invadidos. Isso acontece porque o ser humano tem um desejo visceral de ser aceito e amado porque essa aceitação e amor incondicionais são o que nos faz acreditar sermos capazes de manter vínculos (Brown, 2016). Manter e sustentar vínculos reflete a essência da natureza social da humanidade.
Ser aceito e estar vinculado a outros seres humanos é a motivação mais fundamental de uma pessoa. Portanto, quando não nos sentimos aceitos automaticamente sentimos a quebra de um vínculo e experimentamos uma sensação de ilegitimidade (Brown, 2016). Naturalmente, reagimos a isso bloqueando o processo da mudança e nos protegendo contra esse impulso — que nos soa ofensivo — do outro.
Sempre que alguém demonstra ou nutre secretamente a motivação de nos transformar, convencer, coagir ou manipular tendemos a ativar mecanismos de defesa. Neste momento, a guerra está anunciada e a conexão e o vínculo derrotados.
Como, então, estimular transformações pessoais e promover mudanças sociais levando em conta a complexidade da natureza humana?