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A morte de Silvio Santos aos 93 anos nos lembra da força inexorável do tempo, essa força da natureza que nos envolve e molda a existência da matéria. Silvio, uma figura icônica da televisão brasileira, se foi, mas deixou um legado que ultrapassa gerações. Sua partida é sentida como a de um membro da família, próximo, querido e constante em nossas vidas.

O tempo, que tantas vezes parece elástico, estica-se e comprime-se conforme nossa percepção. Em nossa era digital, essa percepção é distorcida. As redes sociais, com sua torrente incessante de informações, nos arrastam em um fluxo contínuo, fazendo com que percamos a noção do tempo. Os dias se misturam, e momentos importantes parecem esvair-se como grãos de areia entre os dedos.

Na física quântica, o tempo é um conceito ainda mais complexo. Não é uma linha reta, mas um tecido que pode se curvar e entrelaçar, onde passado, presente e futuro se tornam emaranhados em uma dança de partículas. Essa visão nos faz questionar nossa relação com o tempo, que, no plano físico, desgasta nosso corpo, mas, no plano digital, parece infinito e sem limites.

A entropia, um fenômeno natural associado à segunda lei da termodinâmica, nos ensina que o tempo traz consigo o desgaste inevitável da matéria. No contexto do corpo humano, a entropia se manifesta como envelhecimento, onde a ordem inicial se dissipa em desordem ao longo dos anos. Esse desgaste é para todos, sem exceção. Silvio Santos viveu 93 anos, e, ao olhar para sua vida, vemos como o tempo e a entropia moldaram sua trajetória. Do jovem empreendedor ao ícone da televisão, ele foi transformado pelo tempo, mas também soube usá-lo a seu favor.

Vivemos em um mundo cada vez mais rápido, onde a pressa e a urgência de acompanhar tudo nos fazem perder a consciência do presente. Essa aceleração contínua leva ao desgaste não só físico, mas também mental e emocional. Esquecemos que o tempo é para todos, e que o corpo, assim como a mente, precisa de pausas, de momentos de reflexão e de conexão com o agora.

A morte de Silvio Santos nos convida a refletir sobre como estamos vivendo nossos próprios tempos, em um mundo que parece cada vez mais descontrolado e veloz. Que possamos aprender a valorizar o tempo de forma mais consciente, a respeitar o ritmo natural das coisas, e a encontrar equilíbrio em meio ao caos digital. Afinal, o tempo é a prova da existência, e ele, junto com a entropia, é para todos.

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