A ligação entre depressão e demência é complexa e significativa. Estudos mostram que pessoas com depressão grave têm 1,5 vezes mais chance de desenvolver demência mais tarde. Isso ocorre devido a mecanismos biológicos compartilhados entre as duas condições, especialmente em relação à neuroplasticidade e inflamação cerebral. A depressão tardia pode ser um sinal precoce de demência, o que torna importante a prevenção desde os primeiros sintomas.
Um dos mecanismos chave é a neurogênese hipocampal, o processo contínuo de formação de novos neurônios no hipocampo, uma região do cérebro essencial para memória e humor. A disfunção nesse processo está associada tanto à depressão quanto a doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. As células imunes do cérebro, chamadas micróglias, também desempenham um papel crítico ao regular essa neurogênese. Quando essas células funcionam mal, podem contribuir para a progressão de ambas as condições.
É aqui que entra a psilocibina, um composto psicodélico encontrado em cogumelos. Pesquisas emergentes sugerem que a psilocibina pode promover a neuroplasticidade, ajudando o cérebro a criar novas conexões e reparar danos. Além disso, ela possui propriedades anti-inflamatórias, o que poderia proteger o cérebro de processos degenerativos.
A psilocibina, ao estimular a neurogênese e a função adequada das micróglias, pode ajudar a tratar a depressão e, potencialmente, retardar ou prevenir o desenvolvimento de demência. No entanto, mais estudos são necessários para validar esses efeitos e determinar como ela pode ser incorporada de maneira segura em terapias preventivas contra doenças neurodegenerativas.
Esses achados são promissores, especialmente diante da ausência de tratamentos eficazes que possam interromper ou reverter a demência. A psilocibina surge como uma possível ferramenta terapêutica que, ao atuar em múltiplos mecanismos cerebrais, pode tanto melhorar sintomas de depressão quanto proteger contra o declínio cognitivo.
Esse resumo foca em como a psilocibina pode influenciar positivamente os mecanismos cerebrais ligados à depressão e à demência, com um tom acessível para seu blog, destacando o potencial de sua aplicação em saúde mental e prevenção de doenças neurodegenerativas.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0163725824000615